Tecnologias podem tratar transtornos mentais sem assistência humana - Jornal O Globo Acessar Navegação Sociedade Assine Buscar Buscar Acesse no Facebook Twitter Instagram Prêmio Faz Diferença Acesse no Facebook Twitter Instagram Saúde PUBLICIDADE Exclusivo para Assinantes Tecnologias podem tratar transtornos mentais sem assistência humana Avanços em campos como realidade virtual e inteligência artificial abrem caminho para novas estratégias de psicoterapia Cesar Baima* e Enviado especial 12/07/2018 - 04:30 / Atualizado em 12/07/2018 - 07:15 Mulher com os óculos de realidade virtual usado no tratamento e o cenário de um dos ‘desafios’ que os pacientes tiveram que enfrentar na terapia, caminhar sobre uma plataforma a vários ‘andares’ de altura Foto: Divulgação/Oxford VR/KEITH BARNES Compartilhe por Facebook Twitter WhatsApp PUBLICIDADE RIO e GRAMADO, RS - O avanço da tecnologia está abrindo oportunidades para o tratamento de transtornos mentais que vão do desenvolvimento de novas estratégias de terapia ao enfrentamento de um dos maiores empecilhos no acesso à saúde mental: a limitada disponibilidade de profissionais capacitados. Antes restritos a ambientes de pesquisa, recursos como a realidade virtual — que já se mostrou eficaz no tratamento de fobias — começam a chegar aos consultórios. Receba as newsletters do Globo: Digite as letras da imagem: Trocar imagem Cadastrar Já recebe a newsletter diária? Veja mais opções LEIA MAIS: Christian Kristensen: ‘A tecnologia vai revolucionar a atenção em saúde mental’ Realidade virtual ameniza dor em crianças durante vacinação O cérebro como palco e protagonista Brasil é o país mais deprimido da América Latina, aponta OMS Um exemplo disso é um estudo pioneiro publicado ontem no periódico científico “The Lancet Psychiatry”. Em experimento inédito, pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, compararam o uso de um sistema automatizado de realidade virtual no tratamento da acrofobia, o medo exagerado de alturas, com a abordagem clínica usual do problema no país: simplesmente não tratá-lo. Isso, em geral, por causa da falta de tempo dos profissionais de saúde mental disponíveis, alocados para cuidar de pacientes com distúrbios considerados mais graves. A acrofobia é a mais comum das fobias, com uma em cada cinco pessoas relatando ao menos um episódio de medo irracional de altura ao longo de suas vidas. Uma em cada 20 se encaixa nos critérios para diagnosticar a condição. Para o estudo, os pesquisadores recrutaram cem pessoas clinicamente diagnosticadas com acrofobia moderada ou severa mas que não recebiam tratamento para o problema ou qualquer outro transtorno mental, apesar de sofrerem com o distúrbio por, em média, 30 anos. Eles foram então divididos aleatoriamente em dois grupos. O primeiro passou pelo tratamento de realidade virtual com um avatar digital em seis sessões de meia hora cada ao longo de duas semanas. O segundo serviu de controle, apenas recebendo intervenção psicoterápica. PUBLICIDADE Utilizando um óculos de realidade virtual, os pacientes são guiados pelo avatar, programado para dar informações básicas sobre o medo de alturas e encorajá-los a enfrentarem seu medo. Eles “entram” virtualmente num complexo de escritórios virtual de dez andares com um grande átrio. Lá, participam de atividades que os fazem gradualmente desafiar os limites impostos por sua acrofobia, desde observar o lento rebaixamento de um guarda-corpo numa beirada até caminhar por uma plataforma sobre uma altura bem maior. Também são estimulados a ensaiar ações como resgatar um gato de uma árvore. Ao mesmo tempo, o “terapeuta digital” vai explicando o que deveriam aprender de cada uma destas atividades, estimulando-os a encarar situações similares na vida real entre as sessões. Ao todo, os pesquisadores ofereceram o tratamento de realidade virtual a 49 pessoas, com 47 delas realizando ao menos uma sessão e 44 completando as seis prescritas, com duas abandonando a terapia por acharem o sistema muito difícil de lidar e uma alegando não poder mais comparecer às sessões. Em entrevista de acompanhamento quatro semanas depois do fim do tratamento, 34 dos integrantes deste grupo, ou 69% dos 49 iniciais, não mais se encaixavam nos critérios diagnósticos de acrofobia ao menos moderada que os levaram a ser selecionados para o experimento. Já as 51 pessoas que compuseram o grupo de controle, como esperado, não relataram qualquer alteração no seu nível de medo de alturas, sendo posteriormente oferecidas a oportunidade de tentar a terapia virtual. PUBLICIDADE — As terapias de realidade virtual imersiva que não precisam da presença de um terapeuta têm o potencial de aumentara dramaticamente o acesso a intervenções psicológicas – resume Daniel Freeman, professor da Universidade de Oxford e líder do estudo. — Precisamos de um número maior de terapeutas capacitados, não menos, mas para atender à crescente demanda por tratamentos de saúde mental também vamos precisar de poderosas soluções tecnológicas. Como mostrado em nosso ensaio clínico, tratamentos de realidade virtual têm o potencial de serem eficazes, e mais rápidos e atraentes para muitos pacientes do que as terapias tradicionais cara a cara. Com nossa terapia automatizada usando a realidade virtual temos a oportunidade de fornecer tratamento de alta qualidade pa
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